A angústia da separação nos bebês é um fenômeno comum, que costuma acontecer na fase que vai dos seis aos 18 meses de vida. Geralmente, é um momento desafiador para os adultos, pois a criança demonstra bastante medo de ficar longe dos pais ou dos cuidadores principais. Dessa forma, é comum que elas chorem na ausência de um deles ou fiquem incomodadas com a presença de pessoas desconhecidas. Os bebês também podem ficar mais apegados, o que demanda bastante paciência e acolhimento por parte da família.
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Vale destacar que, apesar dessas alterações no comportamento, a angústia da separação nos bebês é algo extremamente natural e faz parte do desenvolvimento infantil. Nos primeiros meses de vida, a criança ainda está aprendendo a lidar com suas emoções e necessita de um ambiente seguro para enfrentar a ausência das pessoas do seu convívio.
Nesse contexto, entender mais sobre a angústia da separação nos bebês pode ajudar os pais durante a volta da licença-maternidade, na adaptação na creche ou em outras situações que necessitem de um período de adaptação.
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Quais os sintomas da angústia da separação?
A angústia da separação acontece porque os bebês, a partir dos seis meses, já começam a entender que são uma pessoa distinta da mãe. Nesse contexto, a criança passa a ter receio de ficar muito tempo separada dos cuidadores. Ou seja, é a fase em que eles começam a perceber a ausência e podem ficar angustiados quando o responsável de sua confiança sai de seu campo de visão.
À medida que a criança se desenvolve, ela demonstra uma forte necessidade de segurança e conforto. Por este motivo, a separação, mesmo que temporária, pode desencadear medo e ansiedade nos bebês. De acordo com especialistas, essa angústia costuma diminuir com o tempo. Aos poucos, a criança começa a entender que os pais saem de perto dela, mas voltam.
Alguns sintomas comuns da angústia da separação nos bebês incluem:
Choro constante quando um dos cuidadores se afasta;
Agitação;
Falta de apetite;
Irritabilidade;
Sono desregulado;
Pesadelos;
Despertares noturnos;
Reações físicas, como febre, náuseas, diarreia e resfriado;
Medo de ficar sozinha.
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Em entrevista à Revista Crescer o pediatra e neonatologista Carlos Eduardo Correa, do Espaço Nascente - SP, explicou que os bebês entendem muito mais do que imaginamos, porém ainda não sabem decifrar suas próprias emoções. Uma dica para lidar com a angústia da separação nos bebês é apostar em brincadeiras, como esconde-esconde ou 'cadê-achou'.
“Assim, ele vai aprendendo, de maneira lúdica, que o outro, seja o pai ou a mãe, existe mesmo sem que ele possa vê-lo”, explica Correa. Outra dica é jogar bola, uma maneira de mostrar que as coisas vão e vêm, como o dia e a noite, e de que a vida é feita de fases", disse o médico. Para o especialista, esse tipo de atividade permite que o bebê compreenda a ausência de uma maneira natural.
Como lidar com a angústia da separação nos bebês?
A angústia da separação nos bebês é uma fase normal e saudável do desenvolvimento infantil. Com compreensão e estratégias adequadas, os cuidadores podem ajudar os bebês a superar essa fase, fortalecendo o vínculo afetivo e promovendo um sentimento de segurança e acolhimento. Lidar com a angústia da separação de maneira sensível e atenciosa contribui significativamente para o desenvolvimento emocional saudável do bebê.
Ao entender e aceitar essa fase como parte natural do crescimento, os pais e cuidadores ajudam os pequenos a crescerem confiantes e independentes.
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Confira algumas dicas sobre como agir e superar a angústia da separação nos bebês:
Desenvolva uma rotina confiável para a criança: Ao manter uma rotina bem definida e previsível, certamente o bebê se sentirá mais seguro. Isso inclui criar rituais de despedida suaves para aliviar a ansiedade e fazer as coisas sempre no mesmo horário, na medida do possível.
Seja consistente: É importante ser consistente nas despedidas. Dê preferência a despedidas rápidas e calmas, pois prolongar esse momento pode aumentar a ansiedade do bebê em relação à ausência dos pais.
Introduza novas pessoas gradualmente: Se for necessário deixar o bebê com outro cuidador, como uma babá ou algum parente, introduza essa nova pessoa aos poucos na rotina da criança para que o bebê se sinta seguro e confortável.
Mostre confiança: Demonstrar confiança ao se despedir ajuda a transmitir ao bebê que ele está seguro e que o cuidador retornará.
Tenha tempo de qualidade: Passar tempo de qualidade com o bebê antes e depois da separação pode reforçar o vínculo e reduzir a angústia que ele sente.
Respeite o tempo do seu bebê: Cada bebê é único e pode levar mais ou menos tempo para se adaptar a separação. É importante ser paciente e respeitar o ritmo do bebê.
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